segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Objetivos?



Há uns anos atrás, fazia eu apenas aulas de grupo, começava a sentir alguma desmotivação. O meu corpo tinha estagnado, não sentia grande evolução, e quando começo a equacionar as mudanças possíveis, o meu marido pergunta-me quais os meus objetivos. O que queria eu, afinal, fazer com o meu corpo?

Conscientemente não sabia. Aliás, eu nunca tinha pensado seriamente nisso até a questão me ter sido objetivamente colocada.
Obrigou-me a uma reflexão, a olhar para onde estava e onde queria eu chegar. Pus-me em busca de corpos de atletas que pudesse usar como referência e inspiração, e foi fácil de concluir o que queria. Queria mais definição, mais qualidade muscular.
Primeiro ponto: Não ia lá chegar com as aulas de grupo, o ferro adivinhava-se como a opção mais sensata.
Falei com a minha professora de então, que também é personal trainer, e ela incentivou-me desde logo para começar com a modalidade, mantendo em todo o caso as aulas para me auxiliar na queixa de gordura.

Depois disso, foi sempre fácil estipular metas e prazos.

Agora em 2015 com o regresso ao ginásio após a paragem de um ano, foi necessário recomeçar. Não do zero porque já tinha bagagem de conhecimentos, mas foi preciso obrigar o corpo a adaptar-se novamente aos treinos e exercícios.
Passou o primeiro mês, o segundo, e agora com o aproximar do fim do terceiro mês, e em vias de mudar o esquema de treino, comecei novamente a sentir que estava a remar ao sabor da corrente, a deixar-me ir e a limitar-me a aceitar os resultados que apareciam (que apareceram).

Novamente o marido me questionou sobre o que queria.
Novamente eu, outrora sempre com objetivos tão definidos, estava sem saber o que lhe responder.
E a verdade é que não sabia mesmo.

Parecia-me lógico investir no ganho de massa, já que tinha perdido tanta naquele ano de paragem, mas por outro lado, ambicionava voltar a ver o meu tanquinho abdominal.
Tinha de optar. Com uma dieta marcadamente hipercalórica eu não conseguiria certamente reduzir a gordura corporal. Com uma dieta ligeiramente hipocalória dificilmente ganharia massa por aí além.
Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas.

Inclinava mais para me ver com mais definição, mas na minha cabeça eu estou demasiado pequena ainda para isso. De que adianta secar se por baixo não tiver nada para mostrar? Perguntava eu vezes e vezes sem conta.

Foi preciso marido, um colega nosso que também é preparador dizer que estou pequena coisa nenhuma, para eu finalmente relaxar um bocadinho nesse aspeto e conseguir finalmente interiorizar o meu objetivo principal.

Sendo assim hoje já comecei a adaptar a alimentação aos novos objetivos, já me sinto curiosa pelos próximos resultados e até já sinto outro entusiasmo.

Tudo isto para vos dizer que é importante saberem para onde querem ir, visualizar a meta.
É importante serem honestos quanto ao que querem para vós, por mais irreal que vos pareça.
Não há impossíveis, ou mesmo que os haja, pelo menos podemos dizer que tentamos.

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